Olá pessoal! Hoje iremos falar sobre uma
noticia recente que chocou muitas pessoas. Segundo pesquisadores, um buraco da
camada de ozônio diminuiu. Os cientistas afirmam que houve uma redução de
tamanho semelhante ao do território da Índia! O fenômeno foi explicado pela
eliminação progressiva de longo prazo dos produtos químicos que destroem a
camada de ozônio. Isso mostra uma boa notícia para o meio ambiente, após quase
30 anos do Protocolo de Montreal, que proibiu a emissão de CFCs, principais
destruidores da camada. Essa descoberta já é um grande passo, apesar da
situação ainda ser crítica, e nós da esperança de que sendo sustentáveis
podemos salvar o mundo. Iremos falar mais sobre a notícia através de uma letra
da música Malandramente, do Mc nandinho.
Malandramente
Um buraco diminuiu
Assim o meio ambiente
Não mais poluiu
Malandramente
fez cara de inocente
envolvida com a CFC tropa
começou a destruir
acabando com a camada
diz não dá em nada
nós sabe que não é assim
Aí camada!
Na hora de proteger o ozônio
Poluição não é um ato bondoso
Só há um jeito de previnir
Cuida dela aí
Cuida dela aí
Na hora de proteger o ozônio
Poluição não é um ato bondoso
Só há um jeito de previnir
Cuida dela aí
Cuida dela aí
Nois se vê por ai
Nois se vê por ai...
Nois se vê por ai...
Apesar de termos recebido essa notícia esse mês, não podemos
desconsiderar ou achar que a luta pela renovação da camada de ozônio e
diminuição do aquecimento global acabou. Muito pelo contrário, ela está apenas
começando. E é necessário continuarmos nessa luta, pois, se não, de nada
adiantará esse avanço. Precisamos manter esse combate constante. Aqui algumas
curiosidades e informações técnicas sobre o ocorrido que procuraremos
transmitir de forma simples e clara:
Na atmosfera, a radiação ultravioleta (UV), contida na luz solar, quebra
as moléculas de oxigênio (O2), e os átomos voltam a se unir em moléculas de
ozônio (O3). Desse processo, se constitui uma camada em torno da Terra, que a
protege contra esses mesmos raios ultravioleta.
A formação do ozônio se dá em duas etapas: primeiro o gás oxigênio (O2(g)) é decomposto pela radiação solar, depois os
átomos de oxigênio livres reagem com o gás oxigênio, sob a ação da radiação
ultravioleta (UV), formando o ozônio:
1ª etapa: O2(g) → 2 O(g)
2ª etapa: O(g) + O2(g) → 1 O3(g)
A natureza preserva seu equilíbrio, também há perda natural de ozônio.
Os óxidos nitrogenados (NO e NO2) presentes na atmosfera acabam
dissolvendo o ozônio. Ocorre, então, o processo inverso, a formação de O2.
A radiação UV também pode quebrar as moléculas de ozônio e formar
novamente as moléculas de oxigênio e átomos livres de oxigênio. Portanto,
na estratosfera se estabelece o seguinte equilíbrio químico de formação
e de decomposição do ozônio:
2 O2(g) ↔ 1
O3(g) + O(g) ∆H = + 142,35 kJ/mol
Estava tudo bem até a humanidade começar a usar aerossóis, geladeiras e
aparelhos de ar que emitissem na atmosfera os gases CFC (clorofluorcarbono).
Esses geram um segundo processo, desta vez artificial, de perda de ozônio,
dissolvendo as moléculas de O3 em ritmo acelerado, formando buracos na camada
de ozônio.
A substância passou a ser largamente empregado como gás refrigerante em
geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e propelentes de aerossol.
A existência desses buracos é preocupante, pois a radiação não é
absorvida chega ao solo, podendo provocar câncer de pele nas pessoas, devido à
alteração do DNA das células pelos raios ultravioletas entre outros
problemas, como o aumento do aquecimento global, que resulta em muitos
danos ao meio ambiente.
A principal causa desses buracos é a reação química dos CFCs com o
ozônio. Estes CFCs estão presentes, principalmente, em aerossóis,
ar-condicionado, gás de geladeira, espumas plásticas e solventes. Os CFCs
entram em processo de decomposição na estratosfera, através da atuação dos
raios ultravioletas, quebrando as ligações do ozônio e destruindo suas
moléculas.
Além de ser muito nocivo e poder permanecer muitos anos na atmosfera, com um buraco aberto nela a humanidade fica exposta aos males do Sol sem filtro: câncer e muitas outras doenças. A agricultura, os recifes de coral, as populações de plâncton sofrem e morrem. Também altera ambientes, provoca distúrbios ecológicos, fustiga a resistência das espécies e ainda favorece o aquecimento global.
O Protocolo de
Montreal sobre substâncias que fazem diminuir a camada de ozônio é um
tratado internacional em que os países que aderiram comprometem-se a substituir
tais substâncias. Entrou em vigor em 1989.
Visava-se substituir até o fim de
2010 todo o CFC, que ainda é produzido, por outros compostos. Essa meta não foi
atingida, mas dados do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente indicam
que ela não está muito longe de ser alcançada. O Brasil, por exemplo, entre
2000 e 2007 reduziu em 96,5% seu consumo do gás.
Vale lembrar que esse gás ainda é
usado em produtos como: espuma, hairsprays, mata insetos, extintor de
incêndio, inaladores.
O hidroclorofluorcarbono (HCFC),
substituto para o CFC encontrado até então, não é lá grande coisa. Ele é bem
menos nocivo à camada de ozônio, mas também provoca algum estrago. Pretende-se
substituir por hidrofluorcarbono (HFC), que não tem cloro em sua composição e,
assim, não ameaça nosso escudo natural. No Brasil a ideia é banir o HCFC
até 2040.
E mesmo assim, o buraco deve
continuar aumentando, pois o CFC pode demorar até 50 anos para agir na
atmosfera!!!