Parece ironia que a postagem dessa semana seja um apelo, um alerta a
toda a população brasileira, enquanto que a postagem anterior do blog fora um
alívio, uma esperança de que agora o mundo pudesse encontrar na união dos povos
e nações, juntos, por um objetivo, um acordo, acima de qualquer guerra,
economia, poder ou interesse, o caminho para uma política comum global centrada
na preservação do meio em que vivemos e de toda a vida na Terra, que é
constantemente ameaçada pelo egoísmo humano e sua sede pelo poder.
O conceito de mundo sustentável e movido a energias renováveis e não
poluentes ainda é muito idealizado está muito distante da realidade em que
vivemos. Os países do globo,
enxergam na economia a única forma de o país evoluir e se destacar entre
os demais. Porém acompanhando o crescimento econômico está a falta de
preocupação em aderir a medidas mais sustentáveis e benéficas ao meio ambiente,
preferindo recursos mais baratos e que acentuam a destruição lenta e gradual do
nosso planeta.
Enquanto o homem não perceber que o "dinheiro não pode ser feito
sem a árvore" (ou seja, todas as suas conquistas, todo o seu prestígio e
toda a sua riqueza não seriam possíveis sem a exploração ou consequente
deterioração dos recursos naturais assim como deixarão de existir quando a fonte
de todo esse poder, ou seja, esses recursos, não mais existirem) estará aos
poucos traçando seu destino, sem perceber que este pode ser fatal e nem um
pouco agradável.
A utilização de combustíveis fósseis para a produção de energia é
hoje a maior responsável pelo efeito estufa e aquecimento global e suas
consequências no planeta. A poluição é gerada principalmente pela queima desses
combustíveis como carvão mineral e derivados do petróleo.
Apesar disso, em tempos de crise foi aprovado recentemente pelo
Congresso Nacional um programa de incentivo a usinas termelétricas a
carvão, por serem mais baratas. A medida está presente em uma das mais de
trinta emendas da MP 735. Agora deve passar pela aprovação do presidente Michel
Temer antes de entrar em vigor.
De acordo com o Artigo 20 da MP, as novas usinas térmicas devem entrar
em operação entre 2023 e 2027 e o programa de incentivo deve garantir o nível
de produção de carvão mineral para atender 100% da demanda das termelétricas.
"Neste momento, em que o mundo todo parece se encaminhar para um
futuro de baixas emissões, o Brasil corre o risco de dar um passo atrás,
investindo no setor mais poluente do planeta."
Organizações da sociedade civil como WWF-Brasil, Greenpeace e IEMA, querem
entregar aos senadores uma carta pedindo a supressão do artigo 20 da Medida
Provisória.
Fique atento ao que você pode fazer para impedir que esse artigo não
seja suspenso na internet e redes sociais.
Um futuro melhor só depende de um caminho: compromisso com o meio
ambiente. E isto só vai ser possível com o investimento em fontes de
energia renováveis e limpas como éolica, solar e também biocombustíveis, que
poluem muito menos o planeta!!!
Além de substituírem os combustíveis fósseis,
muito poluentes; os biocombustíveis não emitem gases causadores do efeito de
estufa, os principais responsáveis pelo aquecimento global. Apesar disso, ainda
há dúvidas se os biocombustíveis seriam uma solução adequada. Além de sua
produção consumir muita energia, é necessária a utilização de culturas
intensivas. Dessa forma, para que eles sejam produzidos, regiões antes cobertas
por vegetação tem que ser desmatadas para as plantações, que exigem uma elevada
quantidade de água para a irrigação e causam a perda da biodiversidade que
existia no local.
O CO2 liberado na atmosfera proveniente dos biocombustíveis
são reutilizados na fotossíntese que as plantas fazem. Ou seja, é um equilíbrio
que acontece, pois a plantação de vegetais e plantas que serão utilizadas na
produção dos biocombustíveis, acaba reabsorvendo o CO2 que a queima deles
fazem. Já nos combustíveis fósseis não acontece isso pelo fato de que o
petróleo é tirado do solo e não tem jeito de consumir de volta o CO2 liberado.
Portanto, os biocombustíveis são mais ecologicamente corretos, mas não
totalmente limpos.
Os principais biocombustíveis líquidos utilizados no Brasil são o etanol
(extraído de cana-de-açúcar e utilizados nos veículos leves) e o biodiesel
(produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais, utilizados
principalmente em ônibus e caminhões).
Etanol
Atualmente, o etanol brasileiro representa a melhor opção para a
produção sustentável de biocombustíveis em larga escala no mundo. Em relação ao
meio ambiente, o etanol reduz as emissões de gases de efeito estufa em cerca de
90% e a poluição atmosférica nos centros urbanos. Além disso, a produção tem
baixo consumo de fertilizantes e defensivos e apresenta níveis relativamente
baixos de perdas do solo. Com a criação do programa ProÁlcool, em 1975, o
Brasil estabeleceu definitivamente a indústria do etanol combustível. Este é um
do programas mais bem-sucedidos de substituição de combustíveis derivados do
petróleo do mundo.
Biodiesel
O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis
como óleos vegetais e gorduras animais. Estimulados por um catalisador, eles
reagem quimicamente com álcool. Esse biocombustível substitui total ou
parcialmente o diesel de petróleo em motores de caminhões, tratores, automóveis
e motores de máquinas que geram energia.
Desde o lançamento do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel,
em dezembro de 2004, até o fim de 2011, o Brasil deixou de importar 7,9 bilhões
de litros de diesel, o equivalente a um ganho de cerca de US$ 5,2 bilhões na
balança comercial brasileira.
O etanol por ser obtido de vegetais, é
considerado um combustível renovável, ou seja, não se esgota. É também um
combustível sustentável, pois grande parte do gás carbônico lançado na
atmosfera em sua produção é absorvido pela própria cana-de-açúcar durante a
fotossíntese. Além disso, ele lança menos gases poluentes em comparação com os
combustíveis derivados do petróleo, o que o torna um dos mais viáveis ecologicamente.
O biodiesel é sim uma alternativa sustentável, porém tem que ser produzido com
consciência e com cuidado para que suas desvantagens não ganhem proporções
maiores que suas vantagens e este não se torne mais um agressor ao meio
ambiente. A produção do biodiesel resulta entre 5% e 10% de glicerina, que
quando queimada gera a acroleína que é suspeita de ser cancerígena. Não devemos
esquecer também que apesar de emitir menos CO2 que as alternativas de
combustível, o biodiesel ainda libera CO2, e gasta energia para sua produção
com a necessidade de adubos, motores e máquinas para o tratamento das
plantações.
Podemos concluir então que, apesar do
biocombustível depender, por exemplo, da plantação, o que pode acarretar no
desmatamento e desnutrição do solo, ainda é uma fonte de energia sustentável. O
etanol pode e substitui o petróleo e outras fontes muito poluentes, de maneira
que a balança sustentável acaba por pender para o lado do biocombustível, porém
enquanto o homem não parar de visar apenas o capital e se esquecer das
condições do planeta o mundo vai continuar como uma bomba relógio, em que o
tempo é acelerado pela poluição.